sexta-feira, 22 de junho de 2012

O MAL NO HOMEM


Se bons nascemos e a sociedade que nos deforma
Levando-nos aos infernais prazeres da maldade,
Como preguam os castos defensores da bondade
E todos os crédulos e autômatos de têmpora morna

Que impõe o seu tedioso medo como norma:
Fazei da tua alma tola escrava da felicidade!
Digo-vos: repudiais esse falso autoritário estandarte,
Buscais a força e o calor da espada na bigorna

Absorvendo todas pungentes marteladas da vida!
Assim tereis coragem de vos infligir vossas próprias feridas
E não dependereis de dores, amores, palavras alheias...

Assim sereis Homem único, singular, não-dividido,
Poderás ser bom e mal, sem culpa, no vosso olvido:
Ó poetas, fazeis do inevitável mal vossa bandeira!