segunda-feira, 18 de julho de 2011

Calma


Está calma a brancura da noite
e a escuridão de cada dia.
Calma está a incompleta sede de alegria.
Também está calma a tristeza, a dor... a eterna agonia.
Acalmou-se até a lâmina fria da antiga melancolia.
Só não é possível acalmar a lembrança dos teus olhos
– que a cada toque da minha língua na tua pele macia –
me sorria... me sorria... me sorria...

Durante nossa curta vida...


Durante nossa curta vida, deparamo-nos com pessoas que parecem já conhecer nosso corpo, outras nossos pensamentos, algumas nossos prazeres e desejos... Todavia, se o destino nos conceder alguma sorte, conheceremos uma, pouquíssimas vezes duas ou muito raramente três pessoas, que já parecem conhecer nossa alma. Sempre nos perguntamos, em tal ocasião, se esses outros seriam nossa outra metade perdida (como os antigos gregos acreditavam) ou nós mesmos em outros corpos. Em tal encontro não é preciso palavras, nem toques e, às vezes, nem olhar. Basta uma sutil aproximação (mesmo que passageira e involuntária). E é somente a esse encontro de almas, e a mais nenhum outro, que dou o nome de amor. Isso se o destino nos conceder essa sorte, uma, pouquíssimas vezes duas ou muito raramente três vezes, durante toda nossa curta vida.